Palestra discute a situação dos refugiados colombianos no Brasil

A professora Ângela Facundo, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), ministrou a palestra “Refugiados colombianos no Brasil“, na qual discutiu a questão do refúgio a partir da sua experiência como pesquisadora colombiana no Brasil e também a partir de uma abordagem antropológica, refletindo sobre como ela percebia essa situação antes e como percebe agora, depois da pesquisa.

Ângela acabou de publicar o livro “Êxodos, refúgios e exílios” que fala do trabalho dela com os colombianos no território brasileiro. A partir desse lugar dos colombianos, ela faz uma leitura crítica e analítica dos processos de elegibilidade e de integração, das dificuldades e desafios tanto das questões burocráticas, quanto das experiências, das tensões de percepção.

Este evento faz parte do projeto piloto para implementação da Cátedra Sérgio Vieira de Melo da ACNUR na PUC-Rio. Você pode acessar a página do projeto aqui.

Se preferir apenas o áudio, confira aqui.

Lançamento do dossiê “Feminismos, Gênero e RI”

Na segunda-feira9 de outubro, durante o seminário “Descolonizando as Relações Internacionais: Pós-Colonialismo e seus Fragmentos“, às 11h, será realizado o lançamento do dossiê “Feminismos, Gênero e RI“.

O dossiê foi publicado na revista eletrônica “Monções: Revista de Relações Internacionais da UFGD” e é composto por 10 artigos, uma entrevista inédita da professora Ann Tickner e um capítulo traduzido da pesquisadora Manuela Picq, sobre mulheres indígenas e soberania.

O lançamento do livro se dá em um momento muito particular de profusão: a virada feminista das Relações Internacionais no Brasil. Segundo Tchella Maso, professora da Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD), “trata-se da organização das mulheres nesse campo com o objetivo de disseminar a centralidade do gênero nos estudos das relações sociais e humanas, abordar as opressões sofridas diariamente no âmbito do trabalho e propor formas de convivência que respeitem as múltiplas performatividades sexuais e de gênero”.

A importância das previsões para a democratização da academia

O pesquisador visitante do IRI Piki Ish-Shalom, Hebrew University of Jerusalem, e a professora Anna Leander, IRI/PUC-Rio, participaram da palestra “It Takes Time: Forecasts, Democracy and Academia“, realizada no dia 21 de setembro.

O objetivo do evento foi abordar “previsões” e a sua relação com a democracia e a academia. Segundo o professor, é muito importante que o ambiente acadêmico se torne acessível. Para isso, é necessária a democratização do conhecimento que, para Piki Ish-Shalon, pode ser atingida através das previsões porque se bons prognósticos forem feitos, as pessoas poderão ter mais noção dos seus direitos.

Confira o vídeo do evento aqui.  Se preferir apenas o áudio, confira aqui.

Debate de conjuntura aborda aspectos da Venezuela em “crise”

Venezuela: uma velha nova crise?” foi o tema do debate de conjuntura realizado no último dia 12, na PUC-Rio, com a professora Andrea Hoffman (IRI/PUC-Rio) e os professores Rafael Villa (USP), Eduardo Scheidt (UERJ) e Paulo Velasco (UERJ).

No debate, os professores abordaram a política econômica e as experiências de democracia na Venezuela, bem como a participação dos militares em cargos civis nesse país. Todos os participantes discutiram, ainda, as implicações do cenário atual para as relações da Venezuela com os Estados Unidos e os países da América do Sul.

O evento faz parte de um novo projeto coordenado pelos professores Andrea Hoffman, Monica Herz e Thauan Santos, do IRI/PUC-Rio. Ainda em processo de implementação, o projeto busca reunir especialistas de diferentes universidades no Brasil para refletir sobre os múltiplos ângulos por meio dos quais a Venezuela tem sido caracterizada como um “país em crise”.

Confira o vídeo do evento aqui.  Se preferir apenas o áudio, confira aqui.

Palestra discute o uso da língua ladino nos dias atuais

No dia 25, foi realizada a palestra “Vozes Contemporâneas da Poesia e Música em Ladino”, com a participação da professora de literatura comparada e estudos judaicos Monique Rodrigues Balbuena, que leciona na University of Oregon.

A professora tem pesquisado, especialmente, sobre a relação entre língua e construção de identidade.  Para ela, enfatizar a importância poética e política do multilinguarismo, da diversidade linguística, é bom para as pessoas e bom para a democracia. 

No evento, ela buscou explorar o que é a língua ladino, também conhecida como judeu-espanhol, qual a sua história, como se formou, quais as diferenças entre o ladino, o espanhol, e o judeu, qual a diferença entre a língua falada e a língua escrita, como são as canções e as poesias em ladino e como, por quem e onde o ladino é usado atualmente. 

Este evento faz parte do projeto piloto para implementação da Cátedra Sérgio Vieira de Melo da ACNUR na PUC-Rio. Você pode acessar a página do projeto no Facebook aqui.

Confira o vídeo do evento aqui.  Se preferir apenas o áudio, confira aqui.

Palestra discute o papel da fronteira norte brasileira na imigração venezuelana para o país

No dia 22 de agosto, foi realizada a palestra “Refugiados Venezuelanos na fronteira norte do Brasil” com o professor João Jarochinski, da Universidade Federal de Roraima (UFRR).

Organizado pela professora Carolina Moulin (IRI/PUC-Rio), este foi o primeiro evento da disciplina interdepartamental que trata sobre refúgio e populações refugiadas. Tanto a disciplina quanto a palestra fazem parte do projeto piloto para implementação da Cátedra Sérgio Vieira de Melo da ACNUR na PUC-Rio.

Você pode acessar a página do projeto no Facebook aqui.

A palestra buscou abordar a recente imigração de venezuelanos que cruzam a fronteira entre Venezuela e Brasil, no sentido de analisar suas motivações, seus dados quantitativos, para, a partir desses elementos, tentar interpretar seus impactos sociais, políticos e normativos. 

Dessa forma, o professor João Jarochinski discutiu a importância da fronteira norte, como são as cidades que, em um primeiro momento, recebem esses imigrantes, quais são os dilemas de Roraima, quais os interesses do governo do estado diante este cenário, além de qual papel exerce o Brasil diante a situação. 

Você pode conferir o vídeo do evento logo abaixo. Se preferir apenas o áudio, confira aqui.

O que a normalização do estupro tem a informar sobre a sociedade brasileira

As professoras Thula Pires e Andréa Gill buscam no artigo – publicado no site Empório do Direito – repactuar os termos do debate sobre violência de gênero. Para produzir articulações políticas potentes, é necessário reconhecer os meandros através dos quais essa conversa vem sendo historicamente pautada, e entender como sua lógica interna e mecanismos de (des)qualificação implicam todos e todas os(as) envolvidos(as). Tanto no Brasil quanto fora dele, debates públicos e acadêmicos sobre gênero continuam a encobrir suas imbricações com estruturas racializadas, de classe e heteronormativas, e pautam gênero como se fosse um conceito não-racializado, não-situado politicamente, socialmente, economicamente, culturalmente, etc. Até que consigamos redirecionar o nosso olhar para enxergar as violências em todas as suas manifestações imbricadas, permaneceremos incapazes de lidar com o estupro e as inúmeras mortes-em-vida que marcam as formas de viver e morrer em sociedade.

Autoras: Andréa Gill & Thula Pires

Aula Inaugural do MAPI com Winnie Byanyim

Na última quinta-feira, 31 de agosto, foi realizada a Aula Inaugural do Mestrado Profissional  (MAPI) com a participação de Winnie Byanyima, Diretora Executiva da Oxfam International, e dos professores Marta Fernández, Diretora do Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio, Andrea Ribeiro Hoffmann, Coordenadora do MAPI, e Carlos Frederico Coelho, Coordenador Adjunto do MAPI.

No evento, Byanyima além de explicar sobre o trabalho da Oxfam, buscou abordar questões sobre desigualdade, desenvolvimento global e problemas de gênero. Pela primeira vez no Brasil, ela utilizou alguns dados do país para demonstrar como a desigualdade se manifesta: segundo estudo realizado pela Oxfam Brasil, seis homens brasileiros têm a mesma riqueza que os 50% dos mais pobres e 5% de brasileiros têm a mesma renda que 99% dos brasileiros. Para ela, esse cenário demonstra um dos desafios do desenvolvimento global. Como solução, ela propõe que a academia e os jovens busquem soluções para a implementação de um sistema econômico humanizado.

Saiba mais sobre a aula aqui.

MAPI é um programa de Pós-Graduação Stricto Sensu criado para capacitar os alunos para o exercício profissional na área de Relações Internacionais. Ele enfatiza o desenvolvimento de habilidades e competências que contribuam para o posicionamento de seus discentes no mercado de trabalho. Seu currículo combina fundamentos conceituais e habilidades analíticas à prática profissional. Trata-se de uma alternativa com o mesmo nível de excelência dos programas acadêmicos do IRI. Por ser um programa em tempo parcial, o MAPI permite a inserção de seus alunos no mercado de trabalho. O corpo docente combina sólida excelência acadêmica à experiência e liderança no mercado profissional.

Visite a página do MAPI e saiba mais sobre o curso.

As relações Brasil-Ásia são tema de discussão entre alunos e jovens diplomatas

Nesta quinta-feira, 24, foi realizado o evento “As relações Brasil-Ásia sob o olhar dos jovens diplomatas – um bate-papo com os autores”. 

A mesa foi organizada por ocasião do lançamento do livro “Os Desafios e Oportunidades na Relação Brasil-Ásia na Perspectiva de Jovens Diplomatas” e também pelo início do Projeto “Café com Diplomatas” – desenvolvido pelo corpo discente do Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio.

Inicialmente, o organizador do livro, Pedro Henrique Batista Barbosa, diplomata e doutorando em Políticas Internacionais pela Universidade do Povo da China, discorreu sobre a proposta da obra editada pela Fundação Alexandre de Gusmão. Segundo Pedro, o objetivo é contribuir para uma reflexão sobre qual o papel da diplomacia brasileira na condução e no aprofundamento das relações entre o Brasil e os países da Ásia e quais são as especificidades dos olhares de jovens diplomatas sobre esta região. Igor Abdalla Souza, diplomata, professor do IRI/PUC-Rio e autor do Capítulo sobre Brasil e Rússia, discorreu sobre a construção da parceria estratégica no pós Guerra Fria entre os dois Estados. 

Em seguida, Glauber Carvalho e Cássia Pires, alunos de graduação, apresentaram os Projetos que estão sendo desenvolvidos para a preparação dos discentes do IRI/PUC-Rio para o Concurso de Admissão à Carreira de Diplomata (CACD). Entre as iniciativas estão previstas uma parceria com a Damásio Educacional, a organização de um Grupo de Estudo para solucionar questões do CACD, além do próprio Café com Diplomatas. Glauber e Cássia realizaram cinco perguntas para os diplomatas Pedro e Igor a respeito da carreira diplomática e os principais desafios envolvidos da política externa brasileira contemporânea sobre a região asiática. Por fim, procedeu-se para uma rodada de três perguntas entre os presentes e dois exemplares do livro foram sorteados.

Confira logo abaixo o vídeo do evento. Se preferir apenas o áudio, confira aqui.

Evento discute proteção de civis e questões humanitárias

No dia 18 de agosto, foi realizado o evento “Dilemas e Desafios Contemporâneos da Proteção de Civis”. O objetivo do encontro foi que os convidados Simone Rocha (IRI/PUC-Rio), Maurizio Giulianno (UNIC-Rio) e Fabrício Toledo (CÁRITAS) pudessem refletir e compartilhar suas experiências institucionais e pessoais sobre a temática da proteção de civis e quais são os seus principais dilemas e desafios contemporâneos. 

Segundo o professor Ricardo Oliveira dos Santos (IRI/PUC-Rio), organizador e mediador do evento, a temática proposta – proteção de civis – se deu no contexto da campanha #NotATarget, lançada pela Organização das Nações Unidas (ONU) com o objetivo de pressionar líderes globais a tomar atitudes mais rígidas para proteção dos atores humanitários e civis em zonas de conflito.

A campanha foi lançada no contexto da celebração do Dia Mundial Humanitário, no dia 19 de agosto, sábado. A data foi designada pela Resolução 63/139, após o atentado que vitimou diversos funcionários das Nações Unidas no Iraque e busca destacar a segurança dos atores humanitários, além de chamar a atenção para a necessidade da proteção de civis envolvidos em conflitos armados.

Dessa forma, o evento debateu e refletiu sobre questões relacionadas a proteção de civis e a questão humanitária de modo geral.

Confira o vídeo do evento aqui.  Se preferir apenas o áudio, confira aqui.