Natália Maria Félix de Souza ganha o prêmio de melhor tese do concurso da ABRI

Natália Maria Félix de Souza, doutora pelo IRI, ganhou o prêmio de melhor tese de Doutorado no 7º Concurso Nacional ABRI de Dissertações e Teses Universitárias em Relações Internacionais com seu trabalho “Crisis and Critique in International Relations Theory”, orientado pelo professor do IRI/PUC-Rio R.B.J Walker.

Resumo:

A dissertação investiga as narrativas de crise e críticas expressas em momentos significativos da história da teoria das Relações Internacionais com o objetivo de explicar como debates recentes sobre o “fim” ou “crise” da teoria das relações internacionais expõem os limites paradoxais da crítica nesse campo. A dissertação é estruturada por dois movimentos organizacionais.

IRI no 4º Seminário de Relações Internacionais da ABRI

Nos dias 26 e 27 de setembro, o IRI/PUC-Rio participou do 4º Seminário de Relações Internacionais da Associação Brasileira de Relações Internacionais, realizado na UNILA – Foz de Iguaçu. 

 Na mesa de teoria, realizada na abertura do evento, a Professora e Diretora Marta Fernández apresentou seu trabalho “Relações Internacionais e seus Epistemicídios”.

Os alunos do programa de pós graduação do IRI, Bruna Holstein Meireles, Francisco Eduardo Lemos de Matos, Gustavo Alvim de Góes Bezerra, Pablo Victor Fontes Santos, Paula Ribeiro da Cruz, Rachel Silva da Rocha Coutinho, Thiago Alves Braz, Aline Crhistine Figueiredo Rangel, Ana Carolina de Almeida Cardoso, Ana Carolina Macedo Abreu, Gabriel Gama de Oliveira Brasilino, Iago Drumond, Lucas Duarte Vitorino de Paula Xavier Guerra, Luma Freitas Lessa, Mariana Fernandes Braga Santos, Marina Sertã Miranda, Thallita Gabriele Lopes Lima, Victória Figueiredo Machado, também participaram da ABRI.

As alunas da Graduação, Dayse Bispo Teles e Isabela Dias Roque, por sua vez, também participaram do evento, tendo sido indicadas para o concurso de melhor trabalho de iniciação científica, na área temática “Ensino, Pesquisa e Extensão”, com o trabalho “O sensível como proposta metodológica para o estudo das Relações Internacionais”

Além disso, Natália Maria Félix de Souza, doutora pelo IRI, ganhou o prêmio de melhor tese de Doutorado no 7º Concurso Nacional ABRI de Dissertações e Teses Universitárias em Relações Internacionais com seu trabalho “Crisis and Critique in International Relations Theory”, orientado pelo professor do IRI/PUC-Rio R.B.J Walker.

Doutorando Pablo Fontes é aprovado para bolsa de pesquisa do IPEA

O doutorando Pablo Fontes foi aprovado na área de Cooperação Internacional para o Desenvolvimento e Refúgio pelo IPEA a partir de seu projeto “Refúgio, humanitarismo e mídia: as representações e os discursos imagéticos nas redes sociais sobre os (as) refugiados (as) venezuelanos (as) no âmbito da cooperação internacional para o desenvolvimento”.

O Ipea o tem interesse em convidar pesquisadores para colaborarem nos estudos e projetos do Instituto, por meio da concessão de bolsas de pesquisa, com foco nos objetivos definidos no Planejamento Estratégico 2023. As Bolsas foram criadas para contribuir com o aperfeiçoamento intelectual e profissional dos bolsistas, e também para promover o intercâmbio entre profissionais do Ipea e instituições similares, organismos públicos e universidades.

Objetivo da Pesquisa “Refúgio, humanitarismo e mídia: as representações e os discursos imagéticos nas redes sociais sobre os (as) refugiados (as) venezuelanos (as) no âmbito da cooperação internacional para o desenvolvimento“, por Pablo Fontes:

O objetivo geral deste projeto é analisar e refletir a fim de problematizar as representações  discursivas e as linguagens produzidas nas redes sociais sobre os (as) refugiados (as) venezuelanos que chegam ao Brasil. À construção imagética cada vez mais se mostra latente, principalmente, nos comentários e postagens de conteúdos que múltiplos (as) usuários (as) compartilham nas redes sociais, sobretudo, o facebook. Nesse sentido, buscou-se recortar o tempo histórico entre 2017 a 2018. A escolha deste período deve-se por um lado, a criação da nova lei migratória brasileira; por outro lado, o tempo histórico escolhido aponta para o elevado índice de solicitação de refugio de venezuelanos (as) no Brasil, tendo em vista a crise política e econômica na Venezuela.

Roberto Yamato ganha bolsa JCNE da FAPERJ

O professor Roberto Yamato ganhou a bolsa de Jovem Cientista do Nosso Estado da FAPERJ com o projeto “A proteção dos direitos humanos de solicitantes de refúgio na cidade do Rio de Janeiro: a situação de mulheres, crianças e crianças desacompanhadas“.

A bolsa é concedida com o objetivo de apoiar, por meio da concorrência, projetos coordenados por pesquisadores de reconhecida liderança em sua área com vínculo empregatício em instituições de ensino e pesquisa sediadas no Estado do Rio de Janeiro.

Resumo “A proteção dos direitos humanos de solicitantes de refúgio na cidade do Rio de Janeiro: a situação de mulheres, crianças e crianças desacompanhadas“, de Roberto Yamato:

O projeto de pesquisa apresentado aqui pretende investigar e analisar a situação de proteção dos direitos humanos de solicitantes de refúgio na cidade do Rio de Janeiro, dando particular ênfase à situação de certos grupos (ainda) mais vulneráveis de migrantes. Assim, dando especial atenção aos casos de solicitantes de refúgio mulheres, crianças e crianças desacompanhadas, este projeto visa, de um lado, mapear e conhecer a situação de proteção dos direitos humanos daqueles migrantes que buscam refúgio no Brasil, e, mais especificamente, na cidade do Rio de Janeiro, e, de outro lado, identificar e analisar dificuldades, limitações e problemas na execução local dos marcos normativos nacionais e internacionais tanto de proteção dos direitos humanos como de proteção dos solicitantes de refúgio e refugiados. Diante do agravamento das crises humanitárias mundial e regional, mais notadamente (para os propósitos deste trabalho) na Síria, Haiti e Venezuela, do contínuo aumento do número de migrantes internacionais e do elevado número de pessoas deslocadas de maneira forçada no mundo hoje, trata-se de uma inquestionável questão internacional. Além disso, tendo em vista o aumento exponencial das solicitações de refúgio no Brasil e o contínuo aumento do número de solicitantes de refúgio e refugiados no Rio de Janeiro, trata-se também de uma questão que tem cada vez mais relevância na conjuntura política e econômica regional, nacional, estadual e municipal. Adotando uma perspectiva teórico-metodológica interdisciplinar que mobiliza diferentes métodos, dentre os quais o da etnografia multi-situada, este projeto irá mapear e analisar a proteção de direitos humanos de solicitantes de refúgio e refugiados na cidade do Rio de Janeiro. Assim, pretende-se contribuir para o aprimoramento do sistema nacional de proteção dos direitos humanos, para a reforma (já em curso) do sistema migratório nacional e para o melhor desenvolvimento e realização do sistema de proteção ao solicitante de refúgio e refugiado no estado e na cidade do Rio de Janeiro.

Carolina Moulin ganha bolsa JCNE da FAPERJ

A professora Carolina Moulin ganhou a bolsa de Jovem Cientista do Nosso Estado da FAPERJ com o projeto “Regime em crise? O Brasil e os setenta anos do regime internacional de proteção a refugiados“.

A bolsa é concedida com o objetivo de apoiar, por meio da concorrência, projetos coordenados por pesquisadores de reconhecida liderança em sua área com vínculo empregatício em instituições de ensino e pesquisa sediadas no Estado do Rio de Janeiro.

Resumo “Regime em crise? O Brasil e os setenta anos do regime internacional de proteção a refugiados“, por Carolina Moulin:

A chegada de centenas de milhares de solicitantes de refúgio e refugiados na Europa, a partir de 2014, a eclosão de novos fluxos mistos em diversas partes do mundo, inclusive na América Sul e o número recorde de refugiados no plano global em 2017 – cerca de 60 milhões mandato (ACNUR, 2017) – reacendeu as discussões sobre a necessidade de reforma do regime internacional de proteção. Em 2020, o Alto Comissariado das Nações Unidas para Refugiados (ACNUR) completa setenta anos de existência. A discussão sobre a ‘crise’ do regime evoca assim a necessidade de um ‘balanço aos 70’ e de uma reflexão crítica sobre a trajetória das normas e instituições e o papel dos países do Sul Global na sua (re)configuração. O projeto orienta-se em torno das seguintes perguntas: i) Como a discussão sobre a ‘crise global de refugiados e do refúgio’, na esteira dos setenta anos do regime internacional, informa e orienta o debate e as propostas relativas às mudanças do sistema de proteção? ii) Como o Brasil e a América do Sul tem se posicionado nesse debate e qual seu lugar na conformação das políticas de proteção e acolhida a esses grupos? O problema de pesquisa estrutura-se em torno dos seguintes eixos analíticos: i) o processo discursivo de construção e consolidação da ‘crise do refúgio’ como chave de interpretação para a questão das populações refugiadas, exacerbada pela experiência europeia recente, pela questão venezuelana na América do Sul e o avanço de um conjunto de políticas articuladas em torno do nexo humanitarismo/segurança que modulam a categoria do ‘refugiado’ entre vítima e ameaça; ii) o vínculo entre a lógica da crise e os atuais debates sobre a reforma do regime, concatenando processos globais e regionais de revisão de normas e instituições, com ênfase no contexto latino-americano; iii) o lócus brasileiro como espaço privilegiado de rearticulação da política do refúgio, elucidando como práticas nacionais e locais reproduzem e, simultaneamente, questionam o lugar do regime global em

seu processo de internalização, a partir da noção de ambivalência e da contribuição dos estudos pós-coloniais. A proposta parte da hipótese primária de que o debate acadêmico e de policy sobre a agenda de reforma deriva de uma leitura eurocêntrica e colonial da experiência do refúgio e das desigualdades inerentes ao sistema de gestão da mobilidade internacional. Como hipótese secundária, argumenta-se que esses processos se traduzem de forma ambivalente nos países periféricos, como ilustrado no caso brasileiro.

Professora Andrea Hoffmann e a graduanda Mariana Gamarra ganham o prêmio Destaque de Iniciação Científica da PUC-Rio Edição 2018

A professora Andrea Hoffmann e a graduanda Mariana Gamarra ganharam o prêmio Destaque de Iniciação Científica da PUC-Rio Edição 2018 do Centro de Ciências Sociais com a pesquisa “Integrando Regionalmente para Desintegrar Domesticamente? Um estudo de caso sobre a Bolívia”.

A pesquisa visa analisar o profundo impacto doméstico das obras da Iniciativa Para a Integração Regional Sul-Americana (IIRSA), tomando como estudo de caso a construção da Estrada Villa Tunari-San Ignácio de Moxos, na Bolívia, que foi alvo de discussões nacionais e protagonizou violações constitucionais e conflitos públicos para apontar a maneira em que projetos da política econômica adotada no país estão alterando relações inter e intra grupos e como estão inseridos na lógica econômica e logística regionais. A discussão girará em torno da maneira que tais alterações nas relações domésticas serão coordenadas (ou negociadas) para alcançar um modelo de desenvolvimento, e da investigação sobre que outras concepções de desenvolvimento estão sendo impossibilitadas ao adotar-se os projetos e objetivos de instituições como a IIRSA, que intensificam o neo-extrativismo. Arcabouço analítico e Metodologia Para alcançar os objetivos propostos, serão contemplados nessa pesquisa debates travados por teóricos latino-americanos, especialmente bolivianos, acerca de conceitos alternativos ao desenvolvimento, que ganharam espaço na arena de debate da política nacional principalmente após a ascensão do Movimento Al Socialismo (MAS) ao poder. Esses autores que são associados nas Relações Internacionais ao pensamento pós-colonial/de-colonial, considerada desde a repercussão da teoria da dependência como a principal contribuição teórica de acadêmicos que não são estadunidenses ou europeus ocidentais, e que carrega consigo o ímpeto de criar uma teoria “do sul” para investigar os entraves e questões “do sul”, ao invés de tentar adaptar estruturas de conhecimento ou teorias “do norte” para tentar explicar questões que as teorias hegemônicas talvez não sejam capazes de analisar com maior precisão e verossimilhança. Alguns autores utilizados nesse trabalho defenderão em suas obras que existem outras maneiras de “estar no mundo” que superam os modelos de desenvolvimento já existentes, incorporando perspectivas da cosmologia indígena como a do “Bem Viver”/“Viver Bem”, que terá seu conceito exposto e discutido. Se contrapondo à essa visão está a materializada pela Iniciativa Para a Integração Regional Sul-Americana (IIRSA), que terá um extenso número de projetos na Bolívia. Este trabalho, portanto, buscará analisar como a concepção da segunda impede muitas vezes o avanço da primeira, e como os projetos da IIRSA estão tendo impactos para além do seu escopo, influenciando a política doméstica e alterando dinâmicas de poder. Conclusões: De acordo com alguns autores, “a integração que se está dando “desde acima” desintegra os “de baixo”. Tendo essa noção em vista, não é surpreendente que o desencadear da construção da estrada em questão tenha levado a um extenso conflito não só entre o governo boliviano (que nesse caso também condensou e representou o interesse de setores do capital transnacional) e os grupos indígenas, mas também inter-grupos indígenas e campesinos. Além disso, outra conclusão apontada é a de que as forças políticas que se rearticularam em torno dos mega-projetos promovidos pelo governo boliviano com o apoio da IIRSA marginalizaram cada vez mais as demandas das populações indígenas, já historicamente excluídas dos processos políticos. Estudar o caso da estrada Villa Tunari-San Ignácio de Moxos seria relevante, portanto, por conta do seu valor político, emancipatório e epistemológico continentais, uma vez que esta oferece novos horizontes de sentido emancipatório com a desnaturalização do conceito de território, com os direitos da Madre Tierra, com o Estado Plurinacional Comunitário e com o Bem Viver.

Professora Jana Tabak ganha bolsa de Pós-Doutorado Nota 10 da FAPERJ

A professora Jana Tabak ganhou bolsa de Pós-Doutorado Nota 10 da FAPERJ com o projeto de pesquisa “Guardiões da Paz?: A Militarização da Infância e a Produção da Segurança na América Latina”, orientado pela professora Monica Herz.

A bolsa é concedida para recém-doutores com destacado empenho acadêmico a fim de aumentar qualitativa e quantitativamente o desempenho científico e tecnológico do estado, contribuindo, assim, para a competitividade internacional da pesquisa brasileira.

Graduandas do IRI/PUC-Rio concorrem a melhor trabalho de iniciação científica da ABRI

O trabalho “O Sensível como proposta metodológica para o estudo das Relações Internacionais: o encontro político do significante e do significado”, das alunas de graduação do IRI  Isabela Dias Roque e Daisy Bispo Teles, foi indicado para o concurso de melhor trabalho de iniciação científica da ABRI, na área temática “Ensino, Pesquisa e Extensão”.

O Trabalho aponta para a necessidade de mobilizar diferentes arcabouços teóricos a fim de possibilitar novas investidas metodológicas e epistêmicas nas Relações Internacionais, trazendo a abordagem estética como uma alternativa aos estudos tradicionais da disciplina. Segundo as autoras, a estética amplia o horizonte da pesquisa para além da dicotomia internacional/nacional, trazendo, por exemplo, a análise narrativa, as artes visuais e a interpretação da cultura popular, podendo, assim,  partilhar com diversos atores a experiência do sensível.

Confira a lista dos trabalhos que estão concorrendo.

Atividades da IPS Winter School 2018

De 2 a 6 de Julho, no IRI-PUC-RIo, foi realizada a primeira semana da Escola de Inverno IPS 2018, onde os alunos participaram dos cursos ministrados pelo professor R.B.J. Walker, Angharad Closs Stephens e Michael J. Shapiro. R.B.J. Em sua aula, Walker discutiu os lugares da ciência e da crítica na produção de conhecimento nas Relações Internacionais, assim como a questão dos privilégios, do eurocentrismo, e da hegemonia como tópicos de pesquisa para uma Sociologia Política Internacional. Dr. Angharad Closs Stephens focou em debates atuais sobre afeto e política e como isso pode engrandecer nosso conhecimento e entendimento sobre nações e nacionalismo. Shapiro abordou a questão da precariedade, dando ênfase na forma com que textos artísticos aumentam a conscientização da dominação pós colonial e os legados históricos da desigualdade global.

 Na segunda semana do evento, que ocorreu do dia 9 ao dia 13 de Julho, os alunos participaram de aulas ministradas pelos(as) professores(as) Jef HuysmansClaudia Aradau e Katherine Hall. Jef Huysmans, em sua aula, discutiu uma sociologia política internacional que fratura o social e o político, desenvolvendo conceitos e metodologias que focam nas relações transversais e na criatividade imanente. Claudia Aradau discutiu a forma como os algorítimos são centrais para os estudos sobre a política e a sociedade, dando foco em práticas de datafication, seus efeitos e possibilidades de intervenções críticas, explorando o que o poder do algorítimo significa hoje em dia. Katherine Hall, por sua vez, abordou a questão da ascensão da guerra dos drones e vigilância letal através de uma análise da história do desenvolvimento da tecnologia do drone durante o século XX através de uma perspectiva histórico sociológica e abordagens críticas do estudo da guerra.

 Cada semana do evento contou com uma sessão de discussões. Tais sessões tiveram como objetivo envolver os alunos em discussões sobre um tópico sugerido por um dos professores. As discussões foram abertas afim de facilitar a participação de todos. Professores convidados sugeriram pequenos trabalhos acadêmicos para serem lidos afim de que todos os participantes tivessem uma base similar para a discussão. Na primeira semana, a discussão feita foi was “Community without unit: locals, nationals, transversals”, coordenada pelo professor Roberto Yamato. Na última semana, a discussão foi “Border perspectives: (im)mobilities at crossroads”, coordenada pela professora Carolina Moulin.


Saiba mais sobre a sociologia política internacional e sobre a IPS Winter School: