Cidades Globais Livres de Escravidão

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22 Nov

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O livro traz um diálogo sobre abuso social e seus graus em diversos contextos globais. O objetivo foi unir responsáveis por políticas públicas, acadêmicos, autoridades locais, poderes executivos e ONGs interessados em respostas cívicas e locais à escravidão moderna e ao tráfico de pessoas. A obra instiga o esforço contínuo para a realização de comunidades mais inclusivas, onde a exploração não terá chance para se enraizar.

Cerca de 5.848.266 milhões de escravos vindos da África nos séculos passados aportaram no Brasil para trabalhar em plantações e servir como escravos domésticos nas casas de famílias, no campo e cidades país. Destes, estima-se que quase um milhão desembarcaram no Rio de Janeiro, precisamente no Cais do Valongo. Os arredores do Cais se transformaram em espaços ocupados pelos escravos recém-libertos de diversas nações desde a Lei Eusébio de Queiroz – que aboliu o tráfico internacional de escravos no Brasil em 1850, mas principalmente, após a Lei Áurea – que aboliu o trabalho escravo em 1888.

Entretanto, é fundamental compreender que a proibição da escravidão legal no século XIX não foi relevante para combater essa terrível forma de subordinação dos seres humanos. Desde então, condições análogas à escravidão ainda existem em suas piores formas no Brasil, e a cidade do Rio de Janeiro não é exceção. Acadêmicos e instituições ao redor do mundo percebem a escravidão contemporânea como um dos principais desafios ao desenvolvimento de qualquer país ou território, além de uma violação de direitos humanos, porque é essencialmente relacionada a vulnerabilidades socioeconômicas, que ainda são percebidas na contemporaneidade, como: pobreza, desigualdade, segregação, racismo, discriminação de gênero e deficiências físicas e mentais. 

Centro de Pesquisa em Escravidão Contemporânea nasceu em um contexto no qual estimam-se 40 milhões de vítimas de trabalho escravo e constata-se que as políticas mundiais de combate a prática se mostram, em sua maior parte, incapazes de dar resposta aos variados cenários e particularidades onde tais relações de exploração do trabalho acontecem.

É com muita satisfação, portanto, que o BRICS Policy Center e o Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio convidam todos para o evento “Cidades Globais Livres de Escravidão”, no qual serão apresentados os resultados do projeto de pesquisa Global Cities Free of Slavery realizado em uma parceria com a Universidade de Nottingham no Reino Unido. No evento será exibido o documentário “Três Cidades: Lutando Contra a Escravidão”, dirigido por Eduardo Lerina e premiado no Festival de Filmes Políticos de Los Angeles, lançado o livro “Cities Free of Slavery: Social Determinants of Vulnerability to Work Exploitation”, publicado pela Editora PUC-Rio, e lançado o website oficial da BeGlobal Network.

Confira a programação completa!

PROGRAMAÇÃO

19h – 19h15 | Mesa de abertura e boas vindas

Prof. Francisco Guimaraens (Decano do CCS) – TBC
Profa. Ana Garcia (BRICS Policy Center e IRI/PUC-Rio)
Profa. Isabel Rocha de Siqueira (IRI/PUC-Rio)


19h15 – 20h10 | Exibição do filme


Três Cidades: Lutando contra a Escravidão


20h30 – 21h | Mesa de debate


Profa. Silvia Pinheiro (BRICS Policy Center)
Luis Eduardo Lerina (Diretor do filme)
Lucas Lemos Walmrath (UFRJ e BRICS Policy Center)
Heloísa Gama (Instituto Trabalho Decente), remotamente


21h – 21h15 | Lançamento do livro e site


Cities Free of Slavery: Social Determinants of Vulnerability to Work Exploitation
beglobal-network.com


21h30 – 22h – Encerramento e coquetel de confraternização