Migrações, novas configurações do trabalho e crise do capitalismo cognitivo

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21 Nov

Hora: 10:00 – 12:00

Nas últimas décadas, ao mesmo tempo em que foram sendo progressivamente removidas todas as barreiras à circulação de bens, serviços e capitais, o controle das fronteiras vem sendo reforçado de modo a conter a entrada de migrantes e refugiados.

A mobilidade e circulação dos conhecimentos, da invenção, da cultura e da inteligência humana – o intelecto geral – seguem em paralelo à destruição dos corpos que exprimem esses conhecimentos e essa inteligência. Apesar desta força repressiva, os migrantes têm, ainda assim, conseguido traçar linhas de fuga à rigidez da divisão internacional do trabalho, movimentos que constituem um dos motores fundamentais das profundas transformações que vêm operando no interior do capitalismo contemporâneo, reconfigurando a própria democracia e as concepções de cidadania e de trabalho.Quase sempre apresentada como uma categoria antipolítica, a fuga tem constituído, de acordo com Sandro Mezzadra, uma forma privilegiada de subjetivação e um dos instrumentos básicos de recusa do exercício dos direitos de cidadania por via da integração e da subordinação.
O encontro com o Professor Sandro Mezzadra será na quarta-feira dia 21 de novembro às 10hs na Sala de Aulas do IRI na Vila dos diretórios.

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