Seminário do CARI: Pode a Natureza Falar?

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16 Out
17 Out

Nos dias 16 e 17 de outubro, no Auditório do RDC, na PUC-Rio, será realizado o seminário do Centro Acadêmico de Relações Internacionais (CARI) “Pode a natureza falar? A subalternização do meio ambiente através das práticas e dos discursos internacionais“.

O objetivo geral do evento é apresentar narrativas que inspirem uma reflexão crítica sobre como os indivíduos se relacionam com o meio ambiente, trazendo a abordagem teórica e epistemológica das Relações Internacionais para o debate.

O seminário é aberto ao público e contará com tradução simultânea. 


Abertura do Seminário | “Pode a natureza falar?”

Rachel Pires (CARI/PUC-Rio) e Paula Sandrin (IRI/PUC-Rio) deram início ao seminário “Pode a natureza falar? A subalternização do meio ambiente através das práticas e dos discursos internacionais”

Painel 1 | A modernização ecológica do capitalismo global

O painel em questão discutiu como e por que o capitalismo global tem se reinventado a partir da absorção de conceitos próprios à teoria do desenvolvimento e à ecologia política e como essa transmutação se concretiza em um discurso hegemônico através da globalização. Mediação de Rachel Pires (CARI/PUC-Rio) e participação de Carlos Walter Porto (UFF), Camila Moreno (CPDA/ Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro – UFRRJ), e Henri Acselrad (IPPUR/RJ)

Painel 2 | A igualdade ecocêntrica e a emancipação da natureza

O painel apresentou abordagens alternativas que questionam filosoficamente o antropocentrismo enquanto ontologia basilar dos acordos e protocolos internacionais sobre meio ambiente. Também buscou compreender como a natureza e a humanidade se caracterizam enquanto vidas politicamente diferenciadas e hierarquizadas. Mediação de Geovanna Gianini (CARI/PUC-Rio) e participação de Deborah Danowski (PUC-Rio), Andrei Cechin (UnB), e Marijane Vieira Lisboa (PUC-SP).

Painel 3 | Utopias concretas: a realização dos conviveres com a natureza

O painel sugere que olhemos para além do repertório padrão de relações internacionais, pautadas na cooperação interestatal e na diplomacia. Essas perspectivas desafiam a posição dos Estados enquanto agentes protagonistas da governança global ambiental e afirmam uma visão mais democrática e participativa, onde existe a atuação de atores da sociedade civil, movimentos sociais, povos indígenas e tradicionais. Mediação de Carolina Mueller (CARI/PUC-Rio) e participação de Denise Amador (Mutirão Agroflorestal), Lourdes Laureano (Articulação Pacari), Sonia Guajajara (APIB), e Rafael Neves (Articulação do Semiárido – ASA)

Painel 4 | Os impactos ambientais decorrentes da exportação global da natureza latino-americana

O painel buscou problematizar a manutenção de relações coloniais através da nova divisão internacional do trabalho, na qual a América Latina se enquadra a partir dos modelos de agroexportação e neoextrativismo. Além disso, buscou avaliar os impactos ambientais causados pelos modelos de desenvolvimento adotados por países do Sul global, patrocinados pelo FMI e o Banco Mundial e pelas próprias elites a frente das grandes “campeãs nacionais”. Mediação de Paula Sandrin (IRI/PUC-Rio) e participação de Giacomo d’Alisa (Universitat Autònoma de Barcelona – UAB).

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