Seminário Megaeventos: processos globais, impactos locais

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30 Mai
31 Mai

O Centro Acadêmico de Relações Internacionais da PUC-Rio (CARI/PUC-Rio), em conjunto com o Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio (IRI/PUC-Rio), convida todas e todos para o Seminário da Graduação de 2016.1 – Megaeventos: processos globais, impactos locais.

O evento visa fazer uma análise dos megaeventos, com foco na Copa do Mundo e Olimpíadas, que a cidade do Rio de Janeiro sediou e sediará, respectivamente, de forma a relacioná-los aos impactos, tanto positivos, quanto negativos, que estes geram na cidade-sede. Assim, o evento busca reunir diversos palestrantes, que possuem diferentes óticas a respeito do tema, para que o mesmo seja abordado e analisado de forma ampla em sua complexidade. O intuito é contrastar as diferentes narrativas sobre os efeitos dos megaeventos e o que estes representam, sejam elas de fraternidade e união entre os povos, desenvolvimento econômico e social; ou de exploração e agravamento das desigualdades já presentes nestas cidades.

Programação:

30 de maio:

– Painel 1 (9:15-11:00): Interpretação da cidade no âmbito dos megaeventos: gentrificação ou desenvolvimento?

Este painel pretende reunir acadêmicos e ativistas para debater questões relacionadas aos megaeventos como ferramenta desenvolvimentista. Se por um lado eles representam oportunidades de fortalecimento e aceleração do desenvolvimento dos países que os sediam, por outro trazem impactos bastante significativos na vida cotidiana de suas populações. Desta maneira, pretende-se discutir aqui as faces do legado olímpico e as problemáticas envolvidas na compreensão da cidade ou do país que hospeda um megaevento como uma mercadoria a ser vendida.

Palestrantes:

Orlando Santos Junior (IPPUR/UFRJ)

Thainã de Medeiros (Coletivo Papo Reto; Meu Rio)

Sandra Maria de Souza (ativista e moradora da Vila Autódromo)

– Painel 2 (11:15-13:30): Militarização e Securitização dos Espaços

Este painel visa agregar diferentes visões acerca do tema da securitização e da militarização, entendidas em um contexto amplo dos megaeventos. Busca-se propiciar um espaço de discussão que explore tanto a implementação e a defesa de políticas de militarização, como UPPs e ocupações, quanto de movimentos de resistência por parte de moradores de favelas. Pretende-se, especialmente, mostrar os dois lados do debate, além de permitir uma abertura para as Relações Internacionais. De fato, através do conceito de securitização, buscar-se-á enfatizar, a necessidade de se colocar uma história das ocupações e militarizações em perspectiva, devido a existência de um conflito de narrativas e seus impactos na vida de moradores de comunidades.

Participantes:

Orlando Zaccone (Delegado da Polícia Civil)

Gizele Martins (Jornal da Maré)

Carlos Chagas (Marinha do Brasil)

Mônica Cunha (Movimento Moleque)

31 de maio:

– Painel 3 (9:00-11:00): Jogos da Exclusão

Este painel tem como objetivo trazer experiências de atores diretamente afetados e frequentemente silenciados pelas iniciativas dos megaeventos. Desta maneira, procuramos trazer membros diversos da sociedade civil para compartilharem suas falas a partir de suas experiências de vulnerabilidade acentuada por estes eventos.

Participantes:

Maria de Lourdes (Movimento Unido dos Camelôs – MUCA)

André Constantine (Movimento Favela Não Se Cala)

Amara Moira (IEL/UNICAMP; Coletivo TransTornar)

José Guajajara (Aldeia Maracanã)

– Keynote speaker (11:15-13:00)

Carlos Vainer: Professor Titular do Instituto de Pesquisa e Planejamento Urbano e Regional da Universidade Federal do Rio de Janeiro (IPPUR/UFRJ) e coordenador do Laboratório Estado, Trabalho, Território e Natureza (ETTERN). Possui doutorado em Développement Economique et Social pela Université Paris 1 (Panthéon-Sorbonne).

O evento é aberto ao público e não há necessidade de inscrição prévia.

Sujeito à lotação.

Clique aqui para acessar a página do evento no Facebook.

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