“É interesse de algumas pessoas subjugar mulheres, gays e lésbicas, bissexuais e trans?”

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Exemplo recente de intolerância, a passagem da filósofa Judith Butler foi um dos temas do programa “em Pauta“, exibido no último dia 17. A vinda de Butler ao país para participar do seminário “Fins da Democracia”, no Sesc Pompeia, em São Paulo, foi centro de um abaixo assinado que pedia o cancelamento de sua palestra. Ela também foi alvo de diversas acusações agressivas quando embarcava no Aeroporto de Congonhas – chamada de medíocre, assassina de criança e destruidora de família.

Para a psicanalista Regina Navarro, a “ideologia de gênero” da qual acusam Butler de ser defensora é, na verdade, aquilo que os próprios acusadores fazem: criam homens e mulheres enquadrados, submetidos em um papel que não pode variar – definir que menino usa azul e menina rosa, que meninos brincam de carrinho e meninas brincam de boneca. Butler defende, justamente, o contrário.

Como diz a professora Paula Drummond, citada do debate, “Butler promove um comportamento de tolerância e inclusão para que todos possam viver suas vidas de forma digna e reconhecida. É um debate que infelizmente está sendo tratado de forma limitada e distorcida”. 

É interesse de algumas pessoas subjugar mulheres, gays e lésbicas, bissexuais e trans?” – Debate promovido no programa “em Pauta”, no GloboNews Play, em 17 de novembro de 2017.

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