Kai Kenkel e Paulo Esteves são contemplados pelo programa Cientista do Nosso Estado

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No dia 19 de outubro, foram divulgados os projetos aprovados pelo edital Cientista do Nosso Estado (CNE), um dos mais importantes editais da Faperj, e dois professores do IRI/PUC-Rio estão entre os contemplados.

O professor Kai Kenkel ganhou a bolsa com o projeto “O papel das normas na contestação da ordem global: A potência emergente Brasil em perspectiva comparada“. O trabalho se serve de teorias que tratam de como as ideias se propagam do nível internacional para os Estados, ou de um Estado para outro — a difusão de normas — para analisar como potências emergentes respondem a divergências entre regras putativamente universais e suas próprias tradições normativas. Em outras palavras, ao crescer a influência das potências emergentes, a sua ascendência será governada por regras estabelecidas pelos Estados dominantes atuais, ou os novos atores desafiarão estas regras e tentarão dar novos contornos ao sistema global já enquanto se tornam mais influentes? Quais são as implicações disso para a hierarquia global atual?

Já o professor Paulo Esteves ganhou a bolsa com o projeto “O Brasil e as transformações do Campo da Cooperação Internacional para o Desenvolvimento” que tem como objetivo geral analisar o posicionamento do Governo do Brasil diante das transformações estruturais do campo da Cooperação Internacional para o Desenvolvimento (CID). Para tanto, se estrutura em torno de três dimensões analíticas e quatro objetivos específicos. No nível sistêmico o projeto deverá analisar: o posicionamento do Governo do Brasil diante das instituições do campo da CID; e, o posicionamento do Governo do Brasil diante do Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 17. No nível das relações bilaterais, o projeto deverá analisar o posicionamento dos agentes da Cooperação Sul-Sul Brasileira nas áreas de saúde, agricultura e segurança alimentar junto ao Governo de Moçambique. Finalmente em uma perspectiva comparativa, o projeto irá contrastar o comportamento do Governo Brasileiro à quatro outros agentes da Cooperação Sul-Sul (México, China, Índia e África do Sul) tanto no nível sistêmico quanto em suas relações bilaterais.

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