O Mercado de Trabalho em Organizações Humanitárias

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O Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio recebeu Vivian Alt, ex-aluna do IRI que hoje trabalha como Advocacy Coordinator na ONG Handicap International, no Iraque, para conversar com os estudantes de Relações Internacionais sobre o mercado de trabalho em uma área que atraí muitos alunos e alunas do curso: as Organizações Humanitárias. A conversa, que lotou o auditório do IRI, foi mediada por Danilo Marcondes, pesquisador de pós-doutorado do Instituto.  

Vivian explicou que as Organizações Humanitárias têm duas áreas diferentes: desenvolvimento e emergência humanitária. A área de desenvolvimento atua com projetos mais longos em países em conflito, países de renda baixa e média, e países em fase de “recuperação” de crise humanitária, enquanto a área emergencial tem projetos mais curtos que lidam com conflitos armados, desastres naturais, epidemias, entre outros. As formas de trabalho também podem ser duas: a área técnica, que exige especialização no campo de atuação – nessa área, os alunos de RI podem trabalhar com projetos ou cash transfer – e a área operacional – gerentes de projeto, administração, finanças, logística, coordenadores de operação e chefes de missão.

Ela esclareceu as diferenças entre essas áreas porque é muito importante para o profissional saber e planejar para onde se quer ir. Por isso, Vivian aconselhou os alunos a conhecerem seus gostos, qualidades e limitações. Muitas das missões das Organizações Humanitárias acontecem em países com condições desconfortáveis, então, é necessário saber, realmente, se você está disposto a abrir mão de determinados costumes. 

Entre outros conselhos, ela indica fazer cursos ou mestrado no exterior – imprescindível se deseja trabalhar em uma organização internacional, estagiar e fazer trabalhos voluntários no Brasil, saber qual é o seu diferencial e explorá-lo, persistir aos muitos “nãos” que virão e não ter pressa.