Relatório Final da Comissão da Verdade da Colômbia

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No próximo dia 22 de agosto, o Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio e o Departamento de Direito realizarão atividades que buscam debater o impacto do relatório da Comissão para o Esclarecimento da Verdade da Colômbia, lançado no mês de junho de 2022.

No Auditório B8, às 9h, haverá um ato público de entrega do Relatório para a comunidade universitária, com a presença do Magnífico Reitor e a direção dos dois departamentos por parte do comissionado Carlos Bernstein.

Em seguida, às 11h, o comissionado apresentará o capítulo “Las verdades del Exílio: La Colombia Fuera de Colombia”, com a presença da Cátedra Sérgio Vieira de Mello para Refugiados da PUC-Rio. Às 15h, no mesmo auditório haverá uma conversa/debate aberto sobre as Recomendações do Relatório: Justiça de Transição e Democracia na América Latina.

Os trabalhos da Comissão da Verdade (CV) foram presididos pelo padre jesuíta Francisco de Roux. Ao longo de 3 anos e 7 meses, CV ouviu aproximadamente 30.000 pessoas em entrevistas individuais e coletivas com vítimas, familiares, testemunhas, atores armados no conflito, terceiros civis, empresários, membros das forças de segurança, ex-presidentes e outras figuras sociais e políticas. Além disso, iniciou um processo participativo que incluiu a abertura de 28 Casas da Verdade em diferentes municípios afetados pelo conflito e a realização de múltiplos atos, diálogos e procedimentos para a não continuidade e não repetição do conflito armado; o reconhecimento dos responsáveis e a dignificação das vítimas.

A Comissão da Verdade indicou que pelo menos 450.666 pessoas perderam suas vidas no contexto do conflito armado; 121.768 foram vítimas de desaparecimento forçado; 50.770 foram sequestradas; 16.238 crianças e adolescentes foram recrutados; 32.446 pessoas foram vítimas de atos contra sua liberdade e integridade sexual; e cerca de 8 milhões foram deslocadas, entre outras violações de direitos.

O Relatório Final da Comissão da Verdade, dividido em dez volumes, possui capítulos específicos sobre a violência contra mulheres e pessoas LGBTI e o papel que elas desempenharam na construção da paz e formas de resistência; os impactos do conflito armado sobre os povos étnicos e as disputas sobre os territórios dessas comunidades; a experiência da população colombiana exilada por razões do conflito armado; e as histórias de crianças, adolescentes e jovens que viveram o conflito.”

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