Data in the context of intervention and statebuilding

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A professora Isabel Rocha de Siqueira contribuiu com o capítulo Data in the Context of Intervention and Statebuilding para o Handbook on Intervention and Statebuilding, editado por Nicolas Lemay-Hébert e publicado pela Edward Elgar Publishing.

Dados melhores, desagregados, e em maior quantidade é hoje um mantra em policy-making. Acompanhado das palavras “estatísticas”, “indicadores”, “metodologia” e “tecnologia”, eles formam um grupo de diretrizes para a produção de informação e ação política. Atualmente, não há forma de intervenção em relações internacionais que não é monitorada e avaliada por meio de um conjunto de indicadores. Por meio dessa presença difundida, indicadores deixam de ser entendidos como uma forma de produzir conhecimento e se tornam o que o conhecimento é. Eles se tornam a medida do que pode ser conhecido sobre a realidade. Enquanto ativistas, acadêmicos e a sociedade civil em geral são tomados pela pressão de produzir dados numéricos para indicadores, tem havido pouco espaço para questionar a própria quantificação como maneira de performar a política. Dados são necessários, mas enquanto fortalecemos a indústria de dados, há também a necessidade de qualificar essas práticas quantificantes, ressaltar considerações éticas, e discutir o papel do conhecimento não-quantificante nas atuais práticas de statebuilding.

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DadosIntervençãoMetodologia