Em seu capítulo na publicação especial do 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos do Instituto Joaquín Herrera Flores, a professora Marta Fernández faz uma reflexão crítica sobre os limites e as ambiguidades da orientação universalista e humanista dos direitos humanos a partir de uma perspectiva decolonial. A professora argumenta que, o universalismo e humanismo da Declaração, só tem sentido se esquecermos as práticas de tortura e trabalho forçado nos processos de colonização. Contudo, em seu capítulo, Marta diz que essas práticas fazem parte da constituição da Europa moderna e, portanto, não podem ser vistas apenas como uma anomalia.

 “Nesse sentido, para descolonizar os direitos humanos, urge conectar e embaralhar os mundos (o imperial e o colonial) que foram articulados como imaginariamente distantes e radicalmente diferentes” diz Marta em seu capítulo.