Descolonizando as Relações Internacionais: Pós-Colonialismo e seus Fragmentos

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09 Out
11 Out

Nos dias 9, 10 e 11 de outubro, no Auditório do RDC, será realizada a primeira série de seminários da graduação do segundo semestre de 2017. O tema desta edição é “Descolonizando as Relações Internacionais: Pós-Colonialismo e seus Fragmentos“.

(Confira os registros do evento abaixo)

O evento visa promover um debate sobre atores subalternos e sobre temas tradicionalmente subestimados no campo de estudo das Relações Internacionais, a partir do contributo das abordagens pós-coloniais. Dessa forma, objetiva examinar criticamente as exclusões da política mundial, olhando especificamente para as dinâmicas de produção das identidades culturais, raciais e de gênero.


O seminário será ministrado em inglês/português e haverá tradução simultânea. Para participar, não é necessária a inscrição prévia, mas o evento está sujeito à lotação.

Durante o evento, às 11h, será lançado o dossiê “Feminismos, Gênero e RI“, que faz parte da “Monções: Revista de Relações Internacionais da UFGD“.

Abertura:

Abertura do seminário com Padre Josafá Carlos de Siqueira (Reitor da PUC-Rio), Luiz Roberto Cunha (Decano CCS) e Marta Fernández (Diretora do IRI).

Painel 1 | Entre a culpa e a inocência: cumplicidades na modernidade pós-colonial

Mediado pelo professor James Klausen, o painel recebeu Ranjana Khanna (Duke University) e Natália Félix (IRI/PUC-Rio). O objetivo foi criar espaços conceituais, políticos e estéticos entre a culpa e a inocência – ou talvez nem culpa nem inocência – a partir dos quais engajar ambivalências e continuidades da relação entre a modernidade colonial e seus sujeitos (pós-coloniais).

Painel 2 | Racismo, razão humanitária e intervencionismo pós-colonial

Com mediação do professor João Pontes Nogueira, o painel direcionou olhares críticos do pensamento pós-colonial sobre o papel de estados nacionais nascidos escravocratas, como o Brasil, e hoje considerados pós-coloniais, no regime humanitário ainda em voga, contribuindo assim para os debates sobre a centralidade da raça e racismo em curso nos campos críticos da Teoria de Relações Internacionais. O objetivo também foi problematizar a formação e reprodução das hierarquias raciais no que Paulo Gilroy chamou de Atlântico negro e sua relação com a formação e reprodução de estados pós-coloniais no ocidente remoto. Como participantes, recebemos Sam Opondo (Vassar College), Áureo Toledo (UFU) e Miguel Borba de Sá (IRI/PUC-Rio).

Painel 3 | Fronteiras, insurgência e pensamento pós-colonial

Com mediação da professora Carolina Moulin, a mesa discutiu a relação entre pós-colonialismo como abordagem teórica e experiência política a partir da chave da insurgência e da fronteira. Participaram da discussão Anna Agathangelou (York University), Ana Carolina Delgado (UNILA) e Jean Tible (DCP/USP).

Painel 4 | Direitos Humanos internacionais e os pensamentos pós-coloniais e decoloniais

O painel quatro teve como objetivo repensar os direitos humanos internacionais a partir dos pensamentos pós-coloniais e decoloniais, de forma a contribuir para estudos que questionem e repensem as experiências (pós-)coloniais das violências e injustiças modernas. Com mediação do professor Roberto Yamato, o painel recebeu José Manuel Barreto (Universidade de Los Andes), Bethânia Assy (UERJ/Direito PUC-Rio), Florian Hoffmann (Direito PUC-Rio), George Galindo (UnB) e João Henrique Roriz (UFG).

Painel 5 | Racismo e Pós-Colonialismo: reverberações epistemológicas

O quinto painel visou discutir o racismo epistemológico que opera privilegiando os homens brancos ocidentais nas ruas e nas universidades e que se apresenta como a única forma legítima para produção de conhecimento. Com mediação do professor Victor Coutinho, a mesa teve a participação de Charles Mills (CUNY), Thula Pires (Direito PUC-Rio), Andrea Gill (IRI/PUC-Rio) e Jaílson de Souza (Observatório de Favelas).

Painel 6 | Intimidade na sujeição e na resistência: corpos, desejos e pensamento pós-colonial

O sexto e último painel foi mediado pelo professor Paulo Chamon e buscou capturar a complexidade de relações entre aparatos de poder constitutivos da modernidade colonial e seus sujeitos. Participaram da mesa Adriana Piscitelli (UNICAMP), João Urt (UFGD), Marcia Nina Bernardes (Direito PUC-Rio) e Pedro Paulo Pereira (UNIFESP).

Confira também as entrevistas realizadas com Charles Mills, Jean Tible e Jailson de Souza:

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