O Papel dos BRICS na Evolução da Nova Governança Ambiental

Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio, em parceiria com a Fundação Friedrich Ebert (FES)BRICS Policy Center (BPC)Plataforma Socioambiental e a Gestão de Interesse Público (GiP), tem o prazer de convidar para o Seminário da Graduação O Papel dos BRICS na Evolução da Nova Governança Ambiental, que será realizado nos dias 22 e 23 de novembro, no auditório B8 da PUC-Rio.

Os registros das mesas estão disponíveis abaixo

Visando perscrutar o debate e promover iniciativas capazes de contribuir positivamente com a agenda das mudanças climáticas, o workshop busca debater a governança ambiental global a partir da novidade trazida com o Acordo de Paris e refletir sobre as posições de países emergentes e sobre o papel da iniciativa privada. Dessa forma, ao debater os desafios colocados à negociação das mudanças climáticas, o seminário pretende abordar aspectos centrais dos processos de governança global. 

Não é necessario a realização de inscrição prévia. 

O evento contará com tradução simultânea inglês-português português-inglês.

Para os alunos da gradução do IRI/PUC-Rio, o evento faz parte da disciplina “Seminários da Graduação”.

Programação

Dia 22 de novembro

09:00h

Mesa de abertura: Oito anos de BRICS: o que mudou? 

As raízes do BRICS remetem ao acrônimo cunhado em 2001 com vistas a designar Brasil, Rússia, Índia e China como quatro grandes economias emergentes. Desde 2009, o BRICS realiza cúpulas de alto nível anualmente, e em 2011, passou a contar com a participação da África do Sul como seu mais novo membro. Tendo como seus principais eixos de atuação a coordenação política nos foros multilaterais e a promoção da cooperação nas mais diversas áreas, o BRICS também conta, atualmente, com seu próprio banco de desenvolvimento, voltado ao financiamento de projetos nas áreas de infraestrutura e desenvolvimento sustentável, cujo escopo não se restringe aos seus países membros. Transcorridos quase oito anos após a realização de sua primeira cúpula e frente à crise financeira mundial iniciada em 2008, a mesa propõe uma análise da trajetória histórica dos BRICS, a avaliação de seus mecanismos institucionais e o debate acerca da relevância de seu papel na política internacional contemporânea.

Andrew Cooper, University of Waterloo (via Skype)

Ana Garcia, Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Luís Manuel Fernandes, Instituto de Relações Internacionais/PUC-Rio 

Moderação: Katharina Hofmann, Fundação Friedrich Ebert (FES) 

Registro:

11:00h

Mesa 2: Desafios da governança ambiental global: biodiversidade, clima e agenda 2030

A governança ambiental global fragmentada em diferentes regimes, formados por convenções, instrumentos vinculantes e conferências, que não possuem um espaço de convergência entre si. Atualmente, essa governança está sendo permeada pela Agenda 2030, caracterizada pela criação e posterior implementação dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), do Acordo de Paris sobre mudanças do clima, e de outras ações na esfera ambiental global. Se por um lado, a Agenda 2030 tenta buscar soluções para o enfrentamento dos problemas ambientais, por outro, observa-se demasiada ênfase em alternativas – por vezes reducionistas – voltadas aos instrumentos de mercado e às novas tecnologias. Diante do atual cenário de crise ambiental e dos impactos gerados por esses instrumentos, a mesa propõe um debate acerca dos desafios à governança ambiental global.

Steven Bernstein, University of Toronto 

Larissa Packer, Grupo Carta de Belém

Ana Toni, Gestão de Interesse Público (GIP)

Moderation: Maureen Santos, Plataforma Socioambiental do BPC

Registro:

Dia 23 de novembro

09:00h

Mesa 3: A evolução da governança climática e o regime pós-Paris, seus atores e processos

A Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças no Clima (UNFCCC), o Protocolo de Quioto e o recém aprovado Acordo de Paris figuram como principais marcos do regime internacional climático. Fundamentado no princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas, Quioto não se constitui como um acordo global, à medida que atribui uma meta média de redução das emissões de GEE apenas aos países que constam em seu Anexo I, caracterizados como nações industrializadas. O Acordo de Paris, em contraste, emerge como produto de um novo modelo de negociação multilateral, denominado como bottom-up, em que todas as partes são responsáveis por definir suas contribuições nacionais de forma voluntária. Considerando a nova fase de governança climática inaugurada a partir de Paris, a mesa buscará debater acerca das complexidades que caracterizam o regime do clima, tendo em vista o papel de diferentes atores internacionais e subnacionais como a sociedade civil, as comunidades epistêmicas e a iniciativa privada, assim como os possíveis impactos das transformações ocorridas no âmbito desse regime para o multilateralismo global.

Barbara Adams, Global Policy Forum

Camila Moreno, CPDA/ Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro (UFRRJ)

Nathalie Understell, Instituto Clima e Sociedade (ICS)

Moderation: Gonzalo Berrón, Fundação Friedrich Ebert (FES)

Registro:

11:00h

Mesa 4: O Papel dos BRICS na Governança Climática e o futuro do Multilateralismo

O BASIC configura-se como um grupo de diálogo informal constituído por Brasil, Índia, África do Sul e China que busca promover a concertação política e o intercâmbio de informações entre os países emergentes em meio às negociações climáticas. O grupo atua, dessa forma, como porta-voz dos países do Sul e possui como uma de suas principais demandas a preservação do princípio das responsabilidades comuns, porém diferenciadas. A ausência da Rússia no BASIC justifica-se, portanto, pelo fato de o país ser o único membro dos BRICS incluído no Anexo I do Protocolo de Quioto, inviabilizando, assim, a construção de um discurso homogêneo entre as partes. Todavia, o novo modelo de negociação inaugurado a partir do Acordo de Paris e o aprofundamento da cooperação dos países BRICS na arena ambiental – tendo em vista os pacotes de financiamento aprovados recentemente pelo seu Novo Banco de Desenvolvimento – parecem contribuir para uma maior convergência de posicionamentos entre seus cinco Estados membros no âmbito da governança ambiental. A mesa busca analisar, logo, questões como o papel dos BRICS em meio às negociações multilaterais climáticas e a relevância dos países emergentes em meio à construção de um novo multilateralismo.

Samir Saran, Observer Reasearch Foundation (via Skype)

Rasigan Maharajh, University of Pretoria, South Africa

Paulo Esteves, Instituto de Relações Internacionais PUC-Rio /BPC

Patrícia Galvão, Centre for International Governance Innovation (CIGI)

Moderation: Alice Amorim, Gestão de Interesse Público/Projeto BRICS e Clima  

Registro:

Perspectivas da Sociedade Civil para a Cooperação Brasileira

Insituto de Relações Internacionais convida para o Seminário da Graduação “Perspectivas da Sociedade Civil para a Cooperação Brasileira“, realizado com o objetivo de debater os caminhos da cooperação para o desenvolvimento nos atuais tempos de crise política, econômica e institucional do Brasil. Além da mesa de debate, também teremos um key-note sobre a Assistência ao desenvolvimento após o Brexit, ministrado por Indranil Chakrabarti (UK Department for International Development – DFID).

O evento acontecerá no dia 21 de novembro, a partir das 9:00, no auditório B8, localizado no Prédio Cardel Frings, na PUC-Rio.

Para os alunos da gradução do IRI/PUC-Rio, o evento faz parte da disciplina “Seminários da Graduação”.

09:00 hs – Mesa 1: O Futuro da Cooperação Brasileira em Tempos de Crises

Iara Leite (Universidade Federal de Santa Catarina – UFSC)

Melissa Pomeroy (Articulação Sul)

Geovana Zoccal (BRICS Policy Center | IRI/PUC-Rio)

Moderação: Paolo de Renzio (IRI/PUC-Rio)

O início dos anos 2000 foi marcado pelo crescente envolvimento do Brasil em iniciativas de cooperação sul-sul para o desenvolvimento. Os gastos do governo brasileiro com a cooperação para o desenvolvimento internacional mais que triplicaram entre 2005 e 2010, atingindo soma superior a 1,6 bilhão de reais. Contudo, o recém lançado relatório COBRADI 2011-2013 indica que recursos financeiros foram reduzidos pela metade em 3 anos, chegando a pouco mais de 850 milhões de reais no ano de 2013, últimos dados oficiais disponíveis. Tendo em vista o atual cenário de retrocesso democrático e de crise política, econômica e institucional do Brasil, a cooperação Sul-Sul parece ter sido relegada ao segundo plano. A mesa buscará debater, portanto, acerca dos desafios que se apresentam às iniciativas brasileiras de cooperação para o desenvolvimento.  

11:00 hs – Key-note “Development Assistance after the Brexit” 

Indranil Chakrabarti (UK Department for lnternational Development)

Moderação: Marta Fernandez (IRI.PUC-Rio)

A eleição de Donald Trump e os rumos da política interna e externa dos Estados Unidos

O IRI/PUC-Rio tem o prazer de convidar para o Debate de Conjuntura A eleição de Donald Trump e os rumos da política interna e externa dos Estados Unidos, a ser realizado no dia 17 de novembro (quinta-feira), de 11 às 13 horas, no Auditório Padre José Anchieta, PUC-Rio.

Debatedores

Carlos Pinkusfeld (IE/UFRJ)

Paulo Wrobel (IRI/PUC-Rio)

Fernando Brancoli (UFRJ)

O evento será ministrado em português e não haverá tradução simultânea.

Não é necessário a realização de inscrição prévia.

Assista também a entrevista com a professora Monica Herz, concedida à TV PUC, sobre a eleição de Donald Trump.

Seminário de Relações Internacionais 2015.2

Seminário de Relações Internacionais 2015.2

Programação:

Sexta-Feira, 13 de novembro de 2015

BRICS Climate Change Agenda from Paris and Beyond

09h – 11h: Global Climate Change Regime: advances and retreats

Mediadora: Paula Sandrin (IRI/PUC-Rio)

Agathe Maupin (SAIIA)

Kanika Grover (Vasudha Foundation)

11h – 13h: COP 21: From Paris and beyond

Mediadora: Maureen Santos (IRI/PUC-Rio | BPC)

Everton Lucero (Ministério das Relações Exteriores)

Li Shuo (Greenpeance China)

15h – 17h: Seminário de Relações Internacionais do CARI

A “Desobediência Epistemológica Ameríndia”, de Caio César de Azevedo Barros

Expansão da Influência Chinesa na Namíbia: impactos da cooperação Brasil-Namíbia e no Atlântico Sul, de Diana Vervloet Dalman de Magalhães, Felipe Carvalho da Silva, Lauany Ferreira Fabbreschi Carvalho, Naemi Goto Wakisaka e Paola Gonçalves Matias (todo(a)s são aluno(a)s da UNILASALLE-RJ)

Guerra às drogas e militarização da segurança pública: da redemocratização às UPPs, de Ana Clara Telles e Gabriel Gama Brasilino

Do Pan às Olimpíadas: Megaeventos esportivos como oportunidade de promoção internacional do Brasil de Julia Zordan, Marianna Gonçalves e Amanda Melo

Segunda-Feira, 16 de novembro de 2015

09h – 10h15: Public Lecture | Regional pluralism in Latin America: Risks and benefits of overlapping intergovernmental organizations

Detlef Nolte (GIGA)

Brigitte Weiffen (Cátedra Martius de Estudos Alemães e Europeus | DAAD – USP) 

10h15 – 11h30: Conferência | Cooperação sul-Sul em Educação Profissional: o caminho a seguir

Wilson Lima (CNI)

11h30 – 13h: Mesa Redonda | A cooperação internacional brasileira no campo da segurança alimentar e nutricional

Mediadora: Geovana Zoccal (IRI/PUC-Rio)

Paulo Esteves (IRI/PUC-Rio)

Ministro Milton Rondó (CGFome)

Sharon Freitas (Centro de Excelência Contra a Fome | PMA)

15h – 17h: Seminário de Relações Internacionais do CARI

Café Profissional

O IRI tem o prazer de convidar todos e todas para o primeiro Café Profissional! O Café Profissional será um bate-papo conduzido pelo Professor Marcio Scalercio, com um grupo de alunos que já faz estágio em instituições de diferentes naturezas. Que habilidades são desenvolvidas no estágio?
O que faz um profissional de Relações Internacionais em uma empresa ou em uma ONG?
Que estágio é melhor para o meu perfil? Converse com quem já faz estágio sobre essas e outras questões! Venha participar!

Maria Luiza Belo – Equit
Julia Azevedo – IBM
Julia Carvalho – Itamaraty
Daisy Bispo – PIBIC e Monitoria
Thaiane Barbosa – IBGE
Luiza Villela – BRICS Policy Center
Júlia Rosa – Plataforma Socioambiental
Cássia Pires – Education USA

O evento será realizado na sexta-feira, dia 11 de novembro, de 14:00 às 16:00, na sala F400 do prédio Frings – PUC-Rio.

O Sistema Eleitoral dos Estados Unidos e a Corrida Presidencial 2016: Uma conversa com um Diplomata Americano

O IRI/PUC-Rio tem o prazer de convidar para o evento “O Sistema Eleitoral dos Estados Unidos e a Corrida Presidencial 2016: Uma conversa com um Diplomata Americano”, a ser realizado no dia 7 de novembro (segunda-feira), de 11 às 13 horas, no Auditório do IRI 2*.

Na véspera das eleições presidenciais norte-americanas, o Cônsul para Assuntos Políticos do Consulado dos EUA no Rio de Janeiro, Ory Abramowicz, irá explicar o sistema eleitoral do país, com ênfase nos colégios eleitorais, primárias e caucus.

O evento será ministrado em português e não haverá tradução simultânea.

Ory Abramowicz (Consul for Political Affairs,  Consulate General of the United States of America, Rio de Janeiro)

Política Externa em Tempos de Crise

O IRI/PUC-Rio tem o prazer de convidar todos e todas para a mesa redonda “Política Externa em Tempos de Crise”. O evento será realizado no dia 03 de novembro, de 11:00 às 13:00 horas, no auditório B8localizado na PUC-Rio.

A mesa redonda contará com a participação dos professores Antônio Carlos Lessa (UnB) e Miriam Saraiva (UERJ), além da mediação da professora Alexandra de Mello e Silva (IRI/PUC-Rio), e terá como objetivo debater as linhas gerais da política externa brasileira, diante do cenário que se apresenta passados os primeiros meses do novo governo. Com isso, pretende-se abordar aspectos tanto de curto quanto de longo prazo acerca da inserção brasileira no mundo formulada pela atual gestão. As aproximações e os distanciamentos com atores importantes da América Latina e do continente africano, assim como com os Estados Unidos e a União Europeia fazem parte das reflexões que o debate busca propor.

Não é necessária a realização de inscrição prévia.
A participação na palestra valerá horas complementares

Colômbia: O que esperar depois do Referendo?

Instituto de Relações Internacionais da PUC-Rio tem o prazer de convidar para a mesa-redonda “Colômbia: O que esperar depois do Referendo?” organizado pelo seu Centro Acadêmico de Relações Internacionais (CARI). O evento acontece no dia 31 de outubro, às 14:00 horas, no auditório do IRI 2, localizado na Rua Marquês de São Vicente, 232 – loja A – Gávea – Rio de Janeiro.

Em 2 de outubro, o referendo realizado na Colômbia sobre o Acordo de Paz negociado em Havana registrou, com um baixíssimo índice de comparecimento (pouco mais de 35%), uma vitória do “Não” sobre o “Sim” por pouco mais de 60.000 votos. Quais são os efeitos no curto prazo da vitória do “Não”? Qual será o impacto desse resultado sobre a agenda de paz da Colômbia?

O evento também vai contar com o lançamento do livro “A dimensão internacional do conflito armado colombiano” de Manuela Trindade Viana.

Debatedoras:

Maria Elena Rodriguez – IRI/PUC-Rio

Manuela Trindade Viana – IRI/PUC-Rio 

Isa Mendes – Doutoranda no IRI/PUC-Rio e pesquisadora do GSUM

Mediador: Sebastián Granda 

Desafios e Oportunidades das Relações Internacionais na América Latina

O Instituto de Relações Internacionais (IRI/PUC-Rio), em parceria com o CAF – Banco de Desenvolvimento da América Latina, com a Embaixada do Chile no Brasil e com a Unidade do Sul Global para Mediação (GSUM) tem o prazer de convida para o Seminário Internacional “Desafios e Oportunidades das Relações Internacionais na América Latina“, a ser realizado no dia 27 de outubro de 2016, às 9:00 horas, no Auditório do RDC, na PUC-Rio. 

O registro do seminário está disponível abaixo

Este seminário se dedica às oportunidades e aos desafios das relações internacionais na América Latina. Seu objetivo é debater as reações e contribuições da América Latina às transformações políticas, econômicas e normativas da esfera internacional, assim como contemplar a dinâmica política da região. O primeiro painel será dedicado a discussões sobre a política externa do Cone Sul. O segundo painel tratará da integração e do multilateralismo na América Latina. Por fim, o terceiro painel se deterá nos desafios de segurança e de resolução de conflitos na região, com foco no processo de paz da Colômbia.

*O seminário será realizado em Português e/ou Espanhol, a depender da preferência dos palestrantes.

Quinta-feira, 27 de outubro 2016 – 9:00 horas

Local: RDC, PUC-Rio

Discurso de Abertura:

Mesa 1:

Mesa 2:

Mesa 3:

ZOPACAS: 30 anos de desafios

O Instituto de Relações Internacionais (IRI/PUC-Rio), em parceria com Escola Superior de Guerra (Ministério da Defesa), tem o prazer de convidar para o Seminário “ZOPACAS: 30 anos de Desafios”.

Os registros e relatórios do evento estão dispovíveis abaixo

Neste Seminário,  o objetivo principal é refletir sobre os 30 anos da Zona de Paz e Cooperação do Atlântico Sul (ZOPACAS) e sobre suas potencialidades para as próximas décadas. As formas de cooperação levadas adiante e as que ainda podem ser estabelecidas ganham importância fundamental no momento em que a Zona entre em sua quarta década.

A ZOPACAS foi estabelecida em 1986 pela Resolução 41/11 da Assembleia das Nações Unidas,  com objetivo de promover a cooperação para o desenvolvimento econômico e social e a paz e a segurança  e evitar a introdução e o desenvolvimento de armamentos nucleares e outros artefatos de destruição em massa na região. A ZOPACAS é composta por 24 países: África do Sul, Angola, Argentina, Benin, Brasil, Cabo Verde, Camarões, Congo, Costa do Marfim, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Libéria, Namíbia, Nigéria, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Senegal, Serra Leoa, Togo e Uruguai.

O evento será realizado no dia 24 de outubro, de 9h às 13h, no Auditório do RDC, na PUC-Rio.

Seminário – ZOPACAS: 30 anos de desafios
Mesa 1 09h15 – Atlântico Sul: A Construção de uma região?

Monica Herz – IRI/PUC-Rio

Larry McCabe – Diretor do Latin American Studies Group of the US Naval War College

Antonio Ruy de Almeida Silva – Escola Superior de Guerra

Mediadora: Layla Dawood – UERJ

Registro:

Mesa 2 11h00 – Atlântico Sul: Cooperação e Potencialidades

Marcelo Simas – Universidade Petrobrás

Capitão-de-Mar-e-Guerra Izabel King Jeck – Marinha do Brasil,
Assessora para o Plano de Levantamento da Plataforma Continental

Sabrina Evangelista Medeiros – Escola de Guerra Naval

Mediadora: Andrea Ribeiro Hoffmann – IRI/PUC-Rio

Registro:


Relatório:

A primeira mesa do seminário intitulada “Atlântico Sul: a construção de uma Região” contou com a participação da professora Monica Herz (IRI/PUC-Rio) e do professor Almirante Antônio Ruy de Almeida, Coordenador do Programa de Pós-Graduação e Assessor Especial do Comando da Escola Superior de Guerra e ex-aluno de doutorado do IRI e mediação da professora Layla Dawood (UERJ). e ofereceu um panorama sobre a evolução do debate sobre o processo de construção de regiões, regionalismo e inter-regionalismo, além de processos de institucionalização e de possíveis formações de Organizações Regionais – discussão associada às teorias construtivistas no âmbito das Relações Internacionais enquanto campo de estudo.

O primeiro destaque feio pela professora Herz, reconhece a dificuldade na formação de uma área em que “não estão presentes os laços de identidades coletivas e cooperação tradicionais, que caracterizam, por exemplo, os laços de regiões na Europa”. Além disso, segunda a professora, também há a dificuldade na definição geográfica da própria área, diferença da percepção do que seria a região do Atlântico Sul e do Atlântico Norte, traduzindo-se no debate sobre zonas de influência, principalmente a influência brasileira nessa região. Nesse sentido, Herz aponta o esforço e investimento feito pelo governo brasileiro, principalmente através das forças armadas e da marinha, para a produção de conhecimento nesse campo.

Antonio Ruy destacou que a ZOPACAS é um “mecanismo de construção ainda incipiente, principalmente na área da Segurança e da Defesa, mas torna-se importante dentro de um projeto brasileiro de inserção no sistema internacional”. A apresentação de Ruy apontou que a ZOPACAS, apesar de estar longe de atingir os objetivos que se propôs inicialmente, foi capaz de ampliar a sua agenda para reforçar a posição brasileira no âmbito da governança global.

A segunda mesa do seminário intitulada “Atlântico Sul: Cooperação e Potencialidades” contou com a participação de Marcelo Simas, Economista Senior e professor da Universidade Petrobrás, Izabel King Jeck, Marinha do Brasil, Assessora para o Plano de Levantamento da Plataforma Continental, Sabrina Evangelista Medeiros, professora da Escola de Guerra Naval e professora colaboradora da UFRJ e mediação da professora Andrea Ribeiro Hoffmann (IRI/PUC-Rio).

A abertura do painel destacou a relevância do tema do petróleo no debate sobre a ZOPACAS. As novas fronteiras exploratórias do petróleo, incluindo as novas descobertas localizadas na bacia do atlântico, principalmente em águas profundas, a geopolítica do petróleo e seus principais atores e as mudanças no marco regulatório foram alguns dos temas debatidos por Simas. 

A Capitã-de-Mar-e-Guerra Izabel Jeck apresentou o projeto LEPLAC (Levantamento da Plataforma Continental Brasileira), que teve início em 1986, cujo objetivo é estabelecer o limite da Plataforma Continental além das 200 milhas da Zona Econômica Exclusiva (ZEE), em conformidade com os critérios estabelecidos pela Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar. O Brasil foi o segundo país a apresentar uma proposta de extensão de plataforma continental, após a Rússia.

O encerramento da mesa se deu com a apresentação da professora Sabrina Medeiros, que discutiu o aprofundamento da cooperação técnica e o papel do Brasil como ator proeminente no processo de integração da região do Atlântico Sul, já que o país conta com o maior litoral da região, 95% do comércio exterior e os projetos de política externa das últimas décadas focados na cooperação Sul-Sul.

ZOPACAS foi estabelecida em 1986 pela Resolução 41/11 da Assembleia das Nações Unidas,  com objetivo de promover a cooperação para o desenvolvimento econômico e social e a paz e a segurança  e evitar a introdução e o desenvolvimento de armamentos nucleares e outros artefatos de destruição em massa na região. A ZOPACAS é composta por 24 países: África do Sul, Angola, Argentina, Benin, Brasil, Cabo Verde, Camarões, Congo, Costa do Marfim, Gabão, Gâmbia, Gana, Guiné, Guiné-Bissau, Guiné Equatorial, Libéria, Namíbia, Nigéria, República Democrática do Congo, São Tomé e Príncipe, Senegal, Serra Leoa, Togo e Uruguai.