O que a normalização do estupro tem a informar sobre a sociedade brasileira

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As professoras Thula Pires e Andréa Gill buscam no artigo – publicado no site Empório do Direito – repactuar os termos do debate sobre violência de gênero. Para produzir articulações políticas potentes, é necessário reconhecer os meandros através dos quais essa conversa vem sendo historicamente pautada, e entender como sua lógica interna e mecanismos de (des)qualificação implicam todos e todas os(as) envolvidos(as). Tanto no Brasil quanto fora dele, debates públicos e acadêmicos sobre gênero continuam a encobrir suas imbricações com estruturas racializadas, de classe e heteronormativas, e pautam gênero como se fosse um conceito não-racializado, não-situado politicamente, socialmente, economicamente, culturalmente, etc. Até que consigamos redirecionar o nosso olhar para enxergar as violências em todas as suas manifestações imbricadas, permaneceremos incapazes de lidar com o estupro e as inúmeras mortes-em-vida que marcam as formas de viver e morrer em sociedade.

Autoras: Andréa Gill & Thula Pires

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GêneroRacismoViolência Sexual